A Polícia Civil de São Paulo segue investigando o brutal assassinato da adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, e a possível conexão com a morte de Edna de Oliveira Silva, de 63 anos. O corpo da idosa foi encontrado sem roupas e submerso em uma cachoeira na região de Cajamar, próximo ao local onde Vitória foi localizada. Apesar da ausência de sinais aparentes de violência, a perícia descartou afogamento como causa da morte, já que não havia água nos pulmões.
Segundo as investigações, Edna possuía um extenso histórico criminal, com passagens por estelionato, furto e tráfico de drogas. Ela trabalhava como cuidadora da mãe do padrasto de Maicol Sales dos Santos, o único suspeito preso até o momento pelo assassinato de Vitória. Edna deixou o emprego há quatro meses, após o falecimento da idosa que cuidava.
Vitória desapareceu no dia 27 de fevereiro, após sair de um shopping onde trabalhava. Antes de sumir, a adolescente mandou mensagens para uma amiga afirmando que suspeitava estar sendo perseguida. Testemunhas relatam que ela foi seguida por um carro com quatro homens após descer do ônibus.
Após uma semana de buscas, no dia 5 de março, o corpo da jovem foi encontrado em uma área de mata de difícil acesso. Vitória foi degolada, teve os cabelos raspados e apresentava múltiplas facadas no tórax, no pescoço e no rosto, além de sinais evidentes de tortura. A Polícia Civil também encontrou roupas e fios de cabelo enterrados próximo ao local onde a vítima foi localizada.
Investigações apontam abuso e tortura
Laudos periciais revelaram que Vitória foi drogada e torturada durante dois dias antes de ser assassinada. O exame toxicológico, ao qual o jornalista Roberto Cabrini da Tv Record teve acesso, indica que a vítima foi submetida a uma substância ainda não identificada. Além disso, o laudo sugere que Vitória foi abusada sexualmente após a morte, e material genético de duas pessoas diferentes foi encontrado em seu corpo.
Próximos passos da investigação
A Polícia Civil trabalha para entender a ligação entre os dois casos e identificar se Edna teve algum envolvimento no assassinato da adolescente ou se foi assassinada para encobrir pistas. Testemunhas e familiares estão sendo ouvidos, enquanto a perícia continua analisando as evidências encontradas na casa de Maicol e no veículo utilizado no crime.